sábado, 28 de abril de 2012

Ai que dores!


Estou de molho... Caí de uma altura de 3 metros.... estou empanzinado do pé... Cirurgia? Não sei... Vamos esperar pelo que vai acontecer.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Hoje não me apetece falar, dizer o que seja... estou desiludido, desapontado, cansado de tudo... Quero fugir, desaparecer, ficar sozinho com os meus pensamentos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Começando por falar na minha infância, tenho que abordar sem dúvida o aspecto escolar. É certamente a fase da vida mais importante para incutir bases fundamentais para o futuro de qualquer cidadão, cultivando cada vez mais novos conhecimentos com novas ferramentas de trabalho e ensino. Tendo tido a infelicidade, de no ensino básico entre a 2ª e a 3ª classe ter conhecido 6 professores, todos eles com personalidades e métodos de trabalho diferentes, na transição ainda a “quente” do regime de Salazar para a democracia, influenciou sem dúvida a minha maneira de ver e estar na escola. Diferenças para os dias de hoje? São muitas. Na minha 1ª classe por exemplo, era obrigado a rezar todos os dias de manhã, em pé, virado para o quadro no qual existia um crucifixo. As condições sanitárias não eram boas, as salas não tinham isolamento térmico, não havia cantina e escrevíamos em quadros de lousa. Se havia coisas boas? Certamente que sim. Resta-me a nostalgia das minhas brincadeiras no recreio da escola. Gostava de jogar à bola, jogar ao pião, coleccionar os cromos dos jogadores da bola que trocávamos entre colegas, mas fundamentalmente, saudade dos muitos sonhos que todos nós temos ou deveríamos ter na idade da inocência. Pelo menos era feliz.
Olhando para o meu filho agora com 6 anos de idade, a realidade é bem diferente. Ele não reza na escola, tem boas condições sanitárias, cantina, parque desportivo, joga Playstation, tem acesso a telemóvel, vários canais de televisão, vê filmes de banda desenhada em blu-ray, e até esta à espera de receber o Magalhães. As crianças de hoje estão rodeadas do que é tecnologia de ponta e informação. Pergunto-me? Qual será a barreira entre o não ter nada e saber algo, e o ter tudo e pouco saber? Fala-se na questão da existência dos crucifixos ainda existentes nas escolas e na liberdade de direitos e escolhas das diferentes ideologias religiosas. Será que um crucifixo numa sala de aula choca tanto a sociedade? Será que realmente é isso o mais importante? Pessoalmente, choca-me mais ver um professor ser agredido e insultado por um motivo tão banal como é um telemóvel. O tal das novas tecnologias. Qual será a estabilidade profissional e emocional do professor para ensinar e educar nos dias de hoje? Será assim tão relevante o Magalhães na vida escolar dos miúdos? É verdade que o Estado de hoje não é o de Salazar ou de Marcelo Caetano. Mas, não deveria o Estado ser mais exigente com a sociedade? O Estado não terá a obrigação de ditar regras de comportamento e de utilização dos meios que põe ao dispor do contribuinte?
Se olharmos para a nossa História, veremos que a língua de Camões e Pessoa tem grandes pensadores, escritores e poetas. Somos um povo de uma cultura riquíssima, na qual encontramos uma sociedade de homens e mulheres de grande sabedoria e conhecimento. Dou como exemplo, uma figura pública na área da saúde, mais concretamente, o reconhecido cirurgião de transplantes, o Dr. Eduardo Barroso. É considerado um dos melhores na sua especialidade a nível mundial. É português, e a sua escola é muito anterior à do meu tempo. E como ele, muitas outras personalidades do seu tempo, demonstram uma forma talvez mais sensata de ver as coisas. Longe de mim não reconhecer tudo o que trouxe de bom as novas tecnologias, e que o Dr. Eduardo Barroso, certamente faz hoje uso no seu dia-a-dia. Há que reconhecer o mérito a quem o merece. É com muita pena minha que vejo os jovens de hoje a não seguir bons exemplos, quando fazem meias frases, ao escrever mensagens no telemóvel, e se calhar usando demais o computador esquecendo-se da arte que é a caligrafia escrita. O mundo encontra-se num grande turbilhão, num bouquet de frases feitas. Moribunda de si própria, a sociedade passa ao lado do que vê todos os dias. Estará doente? A ficar senil? Ou serei eu o demente? Será que vale a pena?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sempre Ausente

Diz-me que solidão é essa

Que te põe a falar sozinho
Diz-me que conversa
Estás a ter contigo
Diz-me que desprezo é esse

Que não olhas para quem quer que seja
Ou pensas que não existe
Ninguém que te veja
Que viagem é essa

Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos

Lá vai o maluco

Lá vai o demente
Lá vai ele a passar
Assim te chama toda essa gente
Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar


Diz-me que loucura é essa
Que te veste de fantasia
Diz-me que te liberta
Que vida fazias
Diz-me que distância é essa

Que levas no teu olhar
Que ânsia e que pressa
Tu queres alcançar
Que viagem é essa

Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos

Lá vai o maluco

Lá vai o demente
Lá vai ele a passar
Assim te chama toda essa gente
Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
Mas eu estou sempre ausente e não conseguem alcançar

Não conseguem alcançar

Autor: António Variações